Seja o que for
Mas é gíria. E se o leitor planeia uma visita turística à Cova da Moura, já sabe: muna-se de umas quantas palavras da gíria local. Tuíscas: bacano; porreiro; wereo: sócio; parceiro; roots: quarto; whatever: seja o que for. «“Wereo”, “tuíscas”, “roots” e “whatever” são algumas palavras que fazem parte do crioulo falado entre jovens nas ruas da Cova da Moura, na Amadora, uma maneira própria de falar que está constantemente a evoluir e resulta de várias influências.» Crioulo, isto? O jornalista retrocede: «Muito do crioulo que se ouve falar quando se sobe pela Rua 8 de Dezembro, uma das entradas principais para o bairro Cova da Moura, dificilmente seria entendido em Cabo Verde, país de onde a maioria dos jovens que ali vive e suas famílias são originários.» Bem me parecia. Continuemos. «Na sua maioria nascidos em Portugal, poucos destes jovens conhecem Cabo Verde e aprendem a falar o crioulo através dos pais ou na rua, acabando por adaptá-lo à pluralidade das suas identidades e ao contexto em que vivem. “O crioulo que falamos, antes de ser de rua, aprendemo-lo em casa. Com amigos é diferente: utilizamos palavras que surgem no dia-a-dia, que vamos assimilando e pondo em prática”, explica Kromo di Ghetto, cabo-verdiano de 25 anos, citado pela agência Lusa. “É uma mistura que resulta da música que ouvimos, das influências do português, inglês e francês. Também têm a ver com a cultura de rua e hip-hop, uma mistura que tende sempre a evoluir”, diz, acrescentando que “mesmo não entendendo inglês, as pessoas percebem o whatever (seja o que for, em inglês) e utilizam-no porque já faz parte do seu vocabulário” («Jovens criam nova forma de falar na Cova da Moura», Simon Kamm, Meia Hora, 21.2.2008, p. 7).
Mas é gíria. E se o leitor planeia uma visita turística à Cova da Moura, já sabe: muna-se de umas quantas palavras da gíria local. Tuíscas: bacano; porreiro; wereo: sócio; parceiro; roots: quarto; whatever: seja o que for. «“Wereo”, “tuíscas”, “roots” e “whatever” são algumas palavras que fazem parte do crioulo falado entre jovens nas ruas da Cova da Moura, na Amadora, uma maneira própria de falar que está constantemente a evoluir e resulta de várias influências.» Crioulo, isto? O jornalista retrocede: «Muito do crioulo que se ouve falar quando se sobe pela Rua 8 de Dezembro, uma das entradas principais para o bairro Cova da Moura, dificilmente seria entendido em Cabo Verde, país de onde a maioria dos jovens que ali vive e suas famílias são originários.» Bem me parecia. Continuemos. «Na sua maioria nascidos em Portugal, poucos destes jovens conhecem Cabo Verde e aprendem a falar o crioulo através dos pais ou na rua, acabando por adaptá-lo à pluralidade das suas identidades e ao contexto em que vivem. “O crioulo que falamos, antes de ser de rua, aprendemo-lo em casa. Com amigos é diferente: utilizamos palavras que surgem no dia-a-dia, que vamos assimilando e pondo em prática”, explica Kromo di Ghetto, cabo-verdiano de 25 anos, citado pela agência Lusa. “É uma mistura que resulta da música que ouvimos, das influências do português, inglês e francês. Também têm a ver com a cultura de rua e hip-hop, uma mistura que tende sempre a evoluir”, diz, acrescentando que “mesmo não entendendo inglês, as pessoas percebem o whatever (seja o que for, em inglês) e utilizam-no porque já faz parte do seu vocabulário” («Jovens criam nova forma de falar na Cova da Moura», Simon Kamm, Meia Hora, 21.2.2008, p. 7).
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