17.2.08

Léxico contrastivo: «carro-chefe»

Gen-ética

«Nem carteira de identidade, nem mapa astral, nem curriculum vitae. Agora, e cada dia mais, o código genético será a forma mais comum de determinar quem é uma pessoa e qual será o seu futuro. Já é possível descobrir com antecedência se um indivíduo terá filhos saudáveis, responderá bem a tratamentos, sofrerá com efeitos colaterais a drogas ou terá determinadas doenças. Enquanto a genética se torna o carro-chefe da medicina, a perspectiva é de que num futuro breve as terapias sejam personalizadas, e os remédios feitos especialmente para um bom processamento em cada organismo» («As promessas da nova ‘gen-ética’», Cristine Gerk, Jornal do Brasil, 17.2.2008, p. A30). Carro-chefe é, em sentido figurado, o elemento de mais realce principal num conjunto, numa obra ou num empreendimento qualquer, por ser o mais importante, o mais significativo, o mais apreciado, etc., como regista o Dicionário Houaiss. Em sentido próprio, é o carro alegórico mais importante de um desfile. De realçar também, neste texto, o jogo linguístico proporcionado pelo título: gen-ética.

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