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Do alto da coluna
«Tal forma de comportamento, residir no cimo de um monte escarpado, a estela, por isso se chamavam estilitas, ou empoleirados numa árvore, ditos dentritas, fascinava os místicos orientais» («São Máron», A Guarda, n.º 5118, 7.2.2008, p. 23). Uma frase, vários problemas. Ao anacoreta que vivia sobre um pórtico ou sobre uma coluna, como o celebérrimo São Simeão, o Estilita (memória litúrgica em 5 de Janeiro), dava-se o nome de estilita. Sobre uma coluna, não no cimo de um monte escarpado. O autor do texto deve ter confundido com a bruxa de monte Córdova. Ao anacoreta que vivia no cimo de uma árvore, uma variante da forma de ascetismo representada pelos estilitas, dava-se o nome de dendrita e não «dentrita», pois o étimo é o grego dendron, «árvore». O santo, finalmente e para estarmos de acordo sobre alguma coisa, para a Enciclopédia Católica Popular e para Fr. Pantaleão de Aveiro é «Maron», mas para José Manuel de Castro Pinto e para mim é «Máron».
«Tomarão este nome de maronitas, de hum seu mestre antigo, que se chamou Maron, são sogeytos á igreja romana, ao menos da era do senhor Jesu de 1476 na qual sendo summo pontifice na igreja de Deos Xisto IV o patriarca do Monte Líbano, pastor, & superior dos christãos maronitas, mandou embayxadores ao dito papa, dando-lhe obediencia, & pedindo-lhe tivesse por bem mandar-lhe quem os ensinasse, doutrinasse & instruísse na doutrina catholica da santa madre igreja romana» (Frei Pantaleão de Aveiro, Itinerario da Terra Sancta e suas particularidades; dirigido ao illustrissimo e reverendissimo senhor D. Miguel de Castro, dignissimo arcebispo de Lisboa metropolitana, 7.ª ed., organizada por António Baião, Coimbra, Tipografia da Universidade, 1927, p. 502).
Do alto da coluna
«Tal forma de comportamento, residir no cimo de um monte escarpado, a estela, por isso se chamavam estilitas, ou empoleirados numa árvore, ditos dentritas, fascinava os místicos orientais» («São Máron», A Guarda, n.º 5118, 7.2.2008, p. 23). Uma frase, vários problemas. Ao anacoreta que vivia sobre um pórtico ou sobre uma coluna, como o celebérrimo São Simeão, o Estilita (memória litúrgica em 5 de Janeiro), dava-se o nome de estilita. Sobre uma coluna, não no cimo de um monte escarpado. O autor do texto deve ter confundido com a bruxa de monte Córdova. Ao anacoreta que vivia no cimo de uma árvore, uma variante da forma de ascetismo representada pelos estilitas, dava-se o nome de dendrita e não «dentrita», pois o étimo é o grego dendron, «árvore». O santo, finalmente e para estarmos de acordo sobre alguma coisa, para a Enciclopédia Católica Popular e para Fr. Pantaleão de Aveiro é «Maron», mas para José Manuel de Castro Pinto e para mim é «Máron».
«Tomarão este nome de maronitas, de hum seu mestre antigo, que se chamou Maron, são sogeytos á igreja romana, ao menos da era do senhor Jesu de 1476 na qual sendo summo pontifice na igreja de Deos Xisto IV o patriarca do Monte Líbano, pastor, & superior dos christãos maronitas, mandou embayxadores ao dito papa, dando-lhe obediencia, & pedindo-lhe tivesse por bem mandar-lhe quem os ensinasse, doutrinasse & instruísse na doutrina catholica da santa madre igreja romana» (Frei Pantaleão de Aveiro, Itinerario da Terra Sancta e suas particularidades; dirigido ao illustrissimo e reverendissimo senhor D. Miguel de Castro, dignissimo arcebispo de Lisboa metropolitana, 7.ª ed., organizada por António Baião, Coimbra, Tipografia da Universidade, 1927, p. 502).
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