31.3.08

«Certamente que»

Palavra de imortal

      Um leitor perguntou-me se o nome do blogue de Paulo Querido — Mas certamente que sim! — está correcto. Só não fiquei admirado porque já outro leitor, pessoa que reputo muito sabedora, me tinha indicado os pecadilhos de certo escritor e crítico literário português, dando como exemplo a frase: «Evidentemente que num caso de naufrágio…» Ora, não descortinei então nem descortino hoje qualquer erro nessa construção, mas, prudente, não deixei de consultar a Academia Brasileira de Letras, que me respondeu: «As palavras derivadas costumam seguir a regência ou determinadas construções das palavras de que derivam. Assim: obedecer a, obediência a, obediente a. No seu exemplo, pode-se usar: É evidente que ou Evidentemente que; É certo que ou Certamente que. A análise de cada construção é bem diferente uma da outra, mas do ponto de vista semântico “é evidente” a correspondência.»

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