4.4.08

Acordo Ortográfico

É bom lembrar

«O escritor Vasco Graça Moura disse ontem [na Livraria Byblos em Lisboa a convite da Associação Portuguesa de Editores (APEL) e Livreiros e da União de Editores Portugueses (UEP)] que “é um acto cívico batermo-nos contra o Acordo Ortográfico”, que qualificou de “inconstitucional”. Segundo o escritor e eurodeputado, “o acordo não leva a unidade nenhuma” e antes de qualquer ratificação havia que chegar a um vocabulário técnico-científico comum» («Vasco Graça Moura diz que Acordo é “inconstitucional”», Meia Hora, 4.4.2008, p. 6).
Concordo: antes da ratificação, tínhamos de ter um vocabulário técnico-científico comum. Aliás, nos próprios termos da lei que aprovou o texto do Acordo Ortográfico de 1990: «Os Estados signatários tomarão, através das instituições e órgãos competentes, as providências necessárias com vista à elaboração, até 1 de Janeiro de 1993, de um vocabulário ortográfico comum da língua portuguesa, tão completo quanto desejável e tão normalizador quanto possível, no que se refere às terminologias científicas e técnicas» (art. 2.º).
Ainda segundo o mesmo jornal, «a Assembleia da República vai promover segunda-feira uma conferência internacional e uma audição parlamentar para “dinamizar” o debate sobre o acordo ortográfico, com a presença de académicos, professores, escritores e outros intelectuais».

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