É assim…
Já aqui lamentei a praga do elemento de composição mega-, que hoje em dia nos atola. Há oito dias, lia-se no Diário de Notícias: «Transformar um estádio em megaigreja» (16.4.2008, p. 27). Hoje, a propósito da exposição saramaguiana, lê-se no Público: «A sensação que se tem quando se percorrem as salas desta mega-exposição (comissariada por Fernando Gómez Aguilera, da Fundação César Manrique, Lanzarote) é que, ao passar pelas vitrinas com os mais de 1200 documentos expostos, é o escritor que nos está a abrir as portas de sua casa e do Arquivo Fundação José Saramago, sem, na realidade, o ter feito» («Antipático? Não. “Sou um sentimental», Isabel Coutinho, Público/P2, 23.4.2008, p. 7). Mas no mesmo jornal já temos podido ler, por exemplo, isto: «É que, depois da megaoperação de fiscalização lançada pela autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) na última semana de Abril, que levou à apreensão de mais de 800 mil litros de combustível, oito bombas de gasolina, na maioria em Lisboa, foram encerradas entre sábado e quarta-feira» («Meia centena de postos de combustível fechados em Lisboa», Francisco Neves, 5.5.2006, p. 57). Ou isto: «Cabeçada de Zidane na final do Mundial inspira megaêxito músical [sic] do Verão em França» (Ana Navarro Pedro, 3.08.2006, p. 44). Ou ainda isto: «Mega-aliança GM-Renault-Nissan pode abrir perspectivas à fábrica da Azambuja» (10.07.2006, p. 41). Qual o critério subjacente, não querem dizer-nos?
Já aqui lamentei a praga do elemento de composição mega-, que hoje em dia nos atola. Há oito dias, lia-se no Diário de Notícias: «Transformar um estádio em megaigreja» (16.4.2008, p. 27). Hoje, a propósito da exposição saramaguiana, lê-se no Público: «A sensação que se tem quando se percorrem as salas desta mega-exposição (comissariada por Fernando Gómez Aguilera, da Fundação César Manrique, Lanzarote) é que, ao passar pelas vitrinas com os mais de 1200 documentos expostos, é o escritor que nos está a abrir as portas de sua casa e do Arquivo Fundação José Saramago, sem, na realidade, o ter feito» («Antipático? Não. “Sou um sentimental», Isabel Coutinho, Público/P2, 23.4.2008, p. 7). Mas no mesmo jornal já temos podido ler, por exemplo, isto: «É que, depois da megaoperação de fiscalização lançada pela autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) na última semana de Abril, que levou à apreensão de mais de 800 mil litros de combustível, oito bombas de gasolina, na maioria em Lisboa, foram encerradas entre sábado e quarta-feira» («Meia centena de postos de combustível fechados em Lisboa», Francisco Neves, 5.5.2006, p. 57). Ou isto: «Cabeçada de Zidane na final do Mundial inspira megaêxito músical [sic] do Verão em França» (Ana Navarro Pedro, 3.08.2006, p. 44). Ou ainda isto: «Mega-aliança GM-Renault-Nissan pode abrir perspectivas à fábrica da Azambuja» (10.07.2006, p. 41). Qual o critério subjacente, não querem dizer-nos?
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