13.4.08

«Negritude»: uma criação colectiva

Da Martinica

O Público de hoje escreve que «Aimé Césaire [poeta e ex-presidente da Câmara de Fort-de-France, na Martinica, com 94 anos] dedicou a sua vida à poesia, escrevia ontem o jornal Le Monde, que lembrava que foi numa obra de 1939 que Césaire empregou pela primeira vez o termo “negritude”. Além de ser um incansável promotor da autonomia, e não da independência da Martinica, esteve sempre presente nas lutas contra o colonialismo e o racismo». Na verdade, parece ter sido a dupla Senghor-Césaire a inventar, aí pelo início da década de 1930, a palavra, habitualmente definida como o conjunto de valores culturais e espirituais da civilização negro-africana. O Le Monde dizia algo mais: «Aimé Césaire a consacré sa vie à la poésie et à la politique. C’est en 1939, dans son célèbre recueil Cahier d’un retour au pays natal qu’il entre en poésie et emploie pour la première fois le terme de “négritude”. Le Sénégalais Léopold Sédar Senghor a attribué la paternité de ce concept (qui signifie : la conscience d'être noir) à Césaire, mais ce dernier préférait parler de “création collective”» («L’état de santé d’Aimé Césaire reste “stable” mais “préoccupant”», 12.4.2008).

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