Hã?!
«“No final do século XIX, início do século XX, havia um bolo cilíndrico de amêndoa, muito escuro, que era o cocó”, contou-lhes [aos autores do livro Fabrico Próprio, Pedro Ferreira, Rita João, Frederico Duarte] a olisipógrafa Marina Tavares Dias, feito na extinta confeitaria Rosa Araújo, na Rua de São Nicolau n.º 31. “A palavra vem do bolo e não o contrário. Dizia-se eufemisticamente que um bebé tinha feito um cocó.” A história não entra no livro, por falta de espaço. Fabrico Próprio é um work in progress e uma segunda edição será certamente revista e aumentada» («Portugal é mais… bolos», Joana Amaral Cardoso, Público/P2, 13.4.2008, pp. 6-7).
«“No final do século XIX, início do século XX, havia um bolo cilíndrico de amêndoa, muito escuro, que era o cocó”, contou-lhes [aos autores do livro Fabrico Próprio, Pedro Ferreira, Rita João, Frederico Duarte] a olisipógrafa Marina Tavares Dias, feito na extinta confeitaria Rosa Araújo, na Rua de São Nicolau n.º 31. “A palavra vem do bolo e não o contrário. Dizia-se eufemisticamente que um bebé tinha feito um cocó.” A história não entra no livro, por falta de espaço. Fabrico Próprio é um work in progress e uma segunda edição será certamente revista e aumentada» («Portugal é mais… bolos», Joana Amaral Cardoso, Público/P2, 13.4.2008, pp. 6-7).
Ainda bem que não entra. Se bem que controversa, a origem é anterior. Antenor Nascentes considera que o vocábulo — com o significado de «fezes», «excrementos», pois claro — é proveniente da linguagem infantil, tese com a qual concordo. A propósito de hipocorísticos, já aqui abordei a questão das sílabas de redobro em palavras da linguagem infantil como «caca», «chichi», «cocó», «mamã», «memé», «papa», «papá», «pipi», «popó», «titi» e outras. O escritor brasileiro Nei Lopes atribui-lhe uma possível origem banta.
Voltando ao livro, devo dizer que já fazia falta algo no género. Segundo o Público, «é uma espécie de enciclopédia, inédita, da pastelaria semi-industrial portuguesa. Um glossário de jesuítas, brisas, alsacianos, esquimós, com muito creme e açúcar. Folheá-lo é fonte de fome e descoberta — 92 bolos, mais seis espécies raras como a rosa da Holanda ou os queques gigantes, fotografados na versão “mais estereotipada possível”, como explica Pedro Ferreira». «Semi-industriais porque “não são feitos por máquinas, são feitos com máquinas”, distingue Frederico Duarte».
Voltando ao livro, devo dizer que já fazia falta algo no género. Segundo o Público, «é uma espécie de enciclopédia, inédita, da pastelaria semi-industrial portuguesa. Um glossário de jesuítas, brisas, alsacianos, esquimós, com muito creme e açúcar. Folheá-lo é fonte de fome e descoberta — 92 bolos, mais seis espécies raras como a rosa da Holanda ou os queques gigantes, fotografados na versão “mais estereotipada possível”, como explica Pedro Ferreira». «Semi-industriais porque “não são feitos por máquinas, são feitos com máquinas”, distingue Frederico Duarte».
Sem comentários:
Enviar um comentário