Outros perigos
O verbo «colocar», esse fura-vidas (ou hustler, para os anglófonos…), continua a sua gloriosa ascensão na língua portuguesa, tendo já conseguido escorraçar o verbo «pôr» da frequência da melhor sociedade. O verbo «pôr» pondera mesmo emigrar ou retirar-se para a província. («Só por causa do que as galinhas têm de fazer com os ovos», afirma com ironia. «Se no Palácio de São Bento ainda se criassem galinhas para vender os ovos ao Hotel Aviz, ficava em Lisboa. Assim, nada feito!») «Para “não colocar em perigo a vida dos apoiantes”, o líder do Movimento para a Mudança Democrática (MDC) anunciou ontem a sua desistência à corrida da presidência, cuja segunda volta está agendada para esta sexta-feira» («Violência leva rival de Mugabe a sair da eleição», Margarida Caseiro, Meia Hora, 23.6.2008, p. 7).
O verbo «colocar», esse fura-vidas (ou hustler, para os anglófonos…), continua a sua gloriosa ascensão na língua portuguesa, tendo já conseguido escorraçar o verbo «pôr» da frequência da melhor sociedade. O verbo «pôr» pondera mesmo emigrar ou retirar-se para a província. («Só por causa do que as galinhas têm de fazer com os ovos», afirma com ironia. «Se no Palácio de São Bento ainda se criassem galinhas para vender os ovos ao Hotel Aviz, ficava em Lisboa. Assim, nada feito!») «Para “não colocar em perigo a vida dos apoiantes”, o líder do Movimento para a Mudança Democrática (MDC) anunciou ontem a sua desistência à corrida da presidência, cuja segunda volta está agendada para esta sexta-feira» («Violência leva rival de Mugabe a sair da eleição», Margarida Caseiro, Meia Hora, 23.6.2008, p. 7).
1 comentário:
Não é só o "pôr", infelizmente; já reparou que, quase de um dia para o outro, deixou de se usar o verbo "calcular"? Agora usa-se "estimar", que deve ser mais bonito. E é "estima-se para aqui", "foi estimado para ali"...
Outra palavra que também levou sumiço foi "inglês"; agora passaram todos a "britânicos" e "britânicas"!
Mas talvez ainda o pior seja o uso do "sobre" a propósito e despropósito... Eu não baixo os braços, mas a luta é inglória.
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