Mete-te na tua vida
Estranhamente, alguns jornalistas confundem os verbos pôr, colocar e meter. Veja-se este caso lamentável da edição de ontem do Diário de Notícias: «Morreu electrocutado na madrugada de ontem o jovem espanhol de 20 anos que meteu a cabeça num poste de alta tensão» («Colocou a cabeça num poste e morreu», Diário de Notícias, 11.08.2008, p. 26). E no pós-título: «Jovem espanhol faleceu electrocutado quando meteu a cabeça num poste de alta tensão em Valência».
Como é que ele se foi arranjar para fazer entrar, inserir, pôr dentro, introduzir a cabeça no poste, querem ter a bondade de me explicar? Se está bem contado, foi numa frincha do poste.
Com erros destes, como é que o leitor pode meter dente num artigo? Meter água nestas questões básicas da língua não é um pouco humilhante para um jornalista? Como é que metem os pés pelas mãos desta maneira? Não quero meter à bulha ninguém, nem meter o nariz, mas os revisores não tinham obrigação de emendar estes erros tão óbvios, deixando de se meter nas encolhas? Sim, porque meter na cabeça dos jornalistas que é assim ou assado nem sempre resulta, é melhor sermos nós a fazer. Claro, porque não os podemos meter a ferros. Mas eles que não venham agora meter-nos os dedos pelos olhos dizendo que o tempo, a pressa… E nós? Sim, a pobre língua... mete pena. Mete raiva também. Não, não, não vamos agora metê-los à cara. Calma, calma! Vamos antes metê-los num chinelo.
Estranhamente, alguns jornalistas confundem os verbos pôr, colocar e meter. Veja-se este caso lamentável da edição de ontem do Diário de Notícias: «Morreu electrocutado na madrugada de ontem o jovem espanhol de 20 anos que meteu a cabeça num poste de alta tensão» («Colocou a cabeça num poste e morreu», Diário de Notícias, 11.08.2008, p. 26). E no pós-título: «Jovem espanhol faleceu electrocutado quando meteu a cabeça num poste de alta tensão em Valência».
Como é que ele se foi arranjar para fazer entrar, inserir, pôr dentro, introduzir a cabeça no poste, querem ter a bondade de me explicar? Se está bem contado, foi numa frincha do poste.
Com erros destes, como é que o leitor pode meter dente num artigo? Meter água nestas questões básicas da língua não é um pouco humilhante para um jornalista? Como é que metem os pés pelas mãos desta maneira? Não quero meter à bulha ninguém, nem meter o nariz, mas os revisores não tinham obrigação de emendar estes erros tão óbvios, deixando de se meter nas encolhas? Sim, porque meter na cabeça dos jornalistas que é assim ou assado nem sempre resulta, é melhor sermos nós a fazer. Claro, porque não os podemos meter a ferros. Mas eles que não venham agora meter-nos os dedos pelos olhos dizendo que o tempo, a pressa… E nós? Sim, a pobre língua... mete pena. Mete raiva também. Não, não, não vamos agora metê-los à cara. Calma, calma! Vamos antes metê-los num chinelo.
Sem comentários:
Enviar um comentário