2.9.08

Derivação imprópria

Morno, morno

O Diário de Notícias publicou ontem um especial (pp. 32-33) sobre o furacão Gustav. «Talvez por isso, o mayor de St Paul, Chris Coleman, diga que Mineápolis é um Chablis — um vinho branco da região francesa da Borgonha — e St Paul é uma cerveja» («Que nome dar a esta convenção?», Susana Salvador, Diário de Notícias, 1.09.2008, p. 33).
Em português, já aqui o escrevi mais de uma vez, à mudança gramatical em que um substantivo próprio passa a substantivo comum, ou vice-versa, dá-se o nome de derivação imprópria. A questão é que esta alteração também afecta — ao contrário do que muita gente defende, vá-se lá saber porquê — graficamente a palavra. No caso, teria de se escrever chablis, derivado de Chablis, localidade vinícola francesa. Uma abonação da obra (que pode descarregar integralmente aqui) O Salústio Nogueira, de Teixeira de Queirós (1948-1919): «Não saíra, depois, dos seus aposentos, onde lhe foi servido um simples caldo, bocado de peito de galinhola, um pequeno copo de chablis...» (p. 13)

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