Embirrações
Embirro (mas, à cautela, nunca o confesso aos próprios) com o jargão médico. Até já aqui dei exemplos, embora só tenha recebido objecções de estudantes de Medicina. Ou seja, os aprendizes de feiticeiro é que assumem a defesa da honra. Embirro muito mais quando os jargões extravasam da classe. Lê-se no Record de hoje: «O médio Guerra fez uma rotura muscular na coxa esquerda e realiza hoje uma ecografia para avaliar a extensão da lesão, que o deverá afastar dos relvados por um período entre duas a três semanas. Por seu turno, o avançado Pires fez uma luxação num dedo da mão esquerda e terá de colocar gesso» («Quatro baixas para Garcia», Record, p. 35).
Embirro (mas, à cautela, nunca o confesso aos próprios) com o jargão médico. Até já aqui dei exemplos, embora só tenha recebido objecções de estudantes de Medicina. Ou seja, os aprendizes de feiticeiro é que assumem a defesa da honra. Embirro muito mais quando os jargões extravasam da classe. Lê-se no Record de hoje: «O médio Guerra fez uma rotura muscular na coxa esquerda e realiza hoje uma ecografia para avaliar a extensão da lesão, que o deverá afastar dos relvados por um período entre duas a três semanas. Por seu turno, o avançado Pires fez uma luxação num dedo da mão esquerda e terá de colocar gesso» («Quatro baixas para Garcia», Record, p. 35).
Aposto que se o senhor Alfredo, ali o das hortas junto à Estrada da Circunvalação, tiver um problema semelhante, seja luxação seja rotura, não dirá nada disso (nem dirá que vai «realizar uma ecografia», de resto). Os jornalistas deviam seguir o exemplo do senhor Alfredo. Quando li o texto, lembrei-me logo de outro que Fernando Venâncio publicou já este ano no Aspirina B, intitulado «Jeito para tudo»: «— Não pude ir. Fiz uma nevralgia. — Ah… E ficou bem feita?»
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