29.10.08

Infinitivo não flexionado


Experimente assim

«“Temos a obrigação de fazermos um investimento rápido na língua portuguesa”, disse José Sócrates na declaração final da IX Cimeira Brasil-Portugal, que decorreu no Museu Santa Casa de Misericórdia, em Salvador da Baía», escreve na edição de hoje o Meia Hora. Disse, e disse mal. Deveria ter dito: «Temos a obrigação de fazer um investimento rápido na língua portuguesa.» Nesta frase, devemos empregar o infinitivo não flexionado ou impessoal, porque ele não tem sujeito próprio: o sujeito de fazer é também o sujeito de ter.
Quanto à necessidade de fazer um investimento rápido na língua portuguesa, concordo.

2 comentários:

TELMO BÉRTOLO disse...

Concordo totalmente com a observação. É um erro muito comum na Imprensa. A cada passo, tropeço nele. Também o ouço numa rádio de referência, a TSF, e nos diversos canais de televisão.
Eu utilizo, de um modo geral, o infinitivo impessoal depois de uma preposição.
Estou plenamente de acordo quanto à necessidade de ser feito um investimento na língua portuguesa.

Anónimo disse...

Prezado Sr. Guégués,

Além do erro gramatical do Sr. Sócrates, houve também um erro geográfico do jornal.

A reunião de cúpula (cimeira) ocorreu em San Salvador, capital de El Salvador, e não em Salvador da Bahia.

Atenciosamente