Ajudavam na leitura
Há mais de um mês, Rogério da Costa Pereira, no Cinco Dias pedia: «Alguma alma caridosa terá a arte e o saber para me esclarecer quando e por que forma foram os pontos de exclamação e interrogação invertidos retirados do uso corrente em português?» Seria, contudo, o próprio autor a dar a resposta algumas horas depois: a Base XLIX do Acordo Ortográfico de 1945 decreta expressamente a «abolição das formas invertidas do ponto de interrogação e do ponto de exclamação, os quais serão apenas usados nas suas formas normais (? e !), para assinalar o fim de interrogações ou exclamações».
Há mais de um mês, Rogério da Costa Pereira, no Cinco Dias pedia: «Alguma alma caridosa terá a arte e o saber para me esclarecer quando e por que forma foram os pontos de exclamação e interrogação invertidos retirados do uso corrente em português?» Seria, contudo, o próprio autor a dar a resposta algumas horas depois: a Base XLIX do Acordo Ortográfico de 1945 decreta expressamente a «abolição das formas invertidas do ponto de interrogação e do ponto de exclamação, os quais serão apenas usados nas suas formas normais (? e !), para assinalar o fim de interrogações ou exclamações».
A verdade é que não se encontra muito mais informação sobre esta questão, mas ontem, ao consultar a obra de Carmo Vaz Código de Escrita: Linguística Portuguesa 1 (2.ª edição revista e aumentada. Lisboa: Editora Portuguesa de Livros Técnicos e Científicos, 1983), a propósito dos sinais de pontuação encontrei isto: «O ponto de interrogação (?) indicando uma entoação em crescendo de voz, e função interrogativa da linguagem. Note-se que anteriormente chegou a usar-se no princípio do discurso directo um ponto de interrogação invertido, para indicar que a entoação em crescendo devia começar com o princípio do texto (¿), mas foi abolido; também se usa o p. de i. entre parênteses, intercalado no texto, para o autor indicar que “se interroga”, isto é, não sabe ou não entende o que escreveu anteriormente» (p. 133).
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