Tem mas é juízo
«O debate instrutório do sequestro de juízas e funcionárias no Tribunal de Família de Gaia foi adiado» («Caso de ameaças adiado», Diário de Notícias, 15.11.2008, p. 23).
Claro, juízas. Não deixa de ser impressionante o número de pessoas que ainda hesitam no uso de «juíza». A propósito do uso infeliz da palavra «poeta» referido a mulheres, escreveu João de Araújo Correia, que não é precisamente um poço de virtudes, já que até fala da «pronúncia branca»: «Pelos domingos se tiram os dias santos. O que se diz de poetisa e rainha, poderá dizer-se de ministra, embaixatriz, etc. Seria ridículo o ministro ou o embaixador que pintasse os lábios em público. Não deixe a mulher de ser mulher para exercer funções de advogado, médico e engenheiro. Seja briosamente advogada, médica e engenheira» (p. 89). No Ciberdúvidas, F. V. P. da Fonseca responde à dúvida assim: «O feminino de juiz é juíza, que se aplica tanto à mulher que exerce as funções de juiz, como à mulher de um juiz.» Bem, na linguagem informal também é a mulher do juiz, mas não me parece que isso viesse ao caso. Agora já percebo porque dizem na Internet que sou professor. Olha se a minha mulher fosse manicura.
«O debate instrutório do sequestro de juízas e funcionárias no Tribunal de Família de Gaia foi adiado» («Caso de ameaças adiado», Diário de Notícias, 15.11.2008, p. 23).
Claro, juízas. Não deixa de ser impressionante o número de pessoas que ainda hesitam no uso de «juíza». A propósito do uso infeliz da palavra «poeta» referido a mulheres, escreveu João de Araújo Correia, que não é precisamente um poço de virtudes, já que até fala da «pronúncia branca»: «Pelos domingos se tiram os dias santos. O que se diz de poetisa e rainha, poderá dizer-se de ministra, embaixatriz, etc. Seria ridículo o ministro ou o embaixador que pintasse os lábios em público. Não deixe a mulher de ser mulher para exercer funções de advogado, médico e engenheiro. Seja briosamente advogada, médica e engenheira» (p. 89). No Ciberdúvidas, F. V. P. da Fonseca responde à dúvida assim: «O feminino de juiz é juíza, que se aplica tanto à mulher que exerce as funções de juiz, como à mulher de um juiz.» Bem, na linguagem informal também é a mulher do juiz, mas não me parece que isso viesse ao caso. Agora já percebo porque dizem na Internet que sou professor. Olha se a minha mulher fosse manicura.
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