Imagem de cornija da lareira: http://karolinescorner.blogspot.com/
Nunca antes
Ontem acabei por ir ler Um Estudo em Vermelho na íntegra. A edição, já sabem, é a da colecção «9 mm», do Público, e o tradutor Silveira de Mascarenhas. Em diversos trechos da obra se refere a «escarpa da lareira». «Diante da porta havia uma lareira pretensiosa, cuja escarpa imitava o mármore branco», lê-se, por exemplo, na página 39. Também a tradução de Hamílcar de Garcia se refere à «escarpa da lareira». Procurei no original (ler ou ouvir) a palavra que se pretendia traduzir com o termo «escarpa», que, confesso, nunca tinha lido ou ouvido referido a qualquer elemento de uma lareira. «Opposite the door was a showy fireplace, surmounted by a mantelpiece of imitation white marble.» Mantelpice, então. Sempre vi a palavra traduzida por «lintel» ou «cornija», e é essa a designação correcta. Arthur Conan Doyle agradeceria.
Actualização em 23.05.2010
«Não ia à sala de estar havia mais de uma semana e agora deambulava pelo espaço enorme, examinando quadros e fotografias como que pela primeira vez, passando uma das mãos sobre os móveis e apanhando objectos do lintel da lareira» (Amesterdão, Ian McEwan. Tradução de Ana Falcão Bastos e revisão de Manuel Joaquim Vieira. Lisboa: Gradiva, 3.ª ed., 1998, pp. 151-52).
Nunca antes
Ontem acabei por ir ler Um Estudo em Vermelho na íntegra. A edição, já sabem, é a da colecção «9 mm», do Público, e o tradutor Silveira de Mascarenhas. Em diversos trechos da obra se refere a «escarpa da lareira». «Diante da porta havia uma lareira pretensiosa, cuja escarpa imitava o mármore branco», lê-se, por exemplo, na página 39. Também a tradução de Hamílcar de Garcia se refere à «escarpa da lareira». Procurei no original (ler ou ouvir) a palavra que se pretendia traduzir com o termo «escarpa», que, confesso, nunca tinha lido ou ouvido referido a qualquer elemento de uma lareira. «Opposite the door was a showy fireplace, surmounted by a mantelpiece of imitation white marble.» Mantelpice, então. Sempre vi a palavra traduzida por «lintel» ou «cornija», e é essa a designação correcta. Arthur Conan Doyle agradeceria.
Actualização em 23.05.2010
«Não ia à sala de estar havia mais de uma semana e agora deambulava pelo espaço enorme, examinando quadros e fotografias como que pela primeira vez, passando uma das mãos sobre os móveis e apanhando objectos do lintel da lareira» (Amesterdão, Ian McEwan. Tradução de Ana Falcão Bastos e revisão de Manuel Joaquim Vieira. Lisboa: Gradiva, 3.ª ed., 1998, pp. 151-52).