21.1.09

À volta de «non-believers»

Medievo, acho

Vi parte do discurso de posse de Barack Obama na Sic Notícias. Detenho-me nesta frase: «For we know that our patchwork heritage is a strength, not a weakness. We are a nation of Christians and Muslims, Jews and Hindus—and non-believers.» Pois na legenda pôde ler-se, e não sustive um frouxo de riso, «incréu» a traduzir «non-believers». Vamos lá, há formas mais terra-a-terra, mais modernas, de o traduzir. A mais colada ao original, como a tradução divulgada no Público (e subscrevo o reparo quanto ao crédito da tradução que Rui Oliveira faz no Super Flumina): «Porque nós sabemos que a nossa herança de diversidade é uma força, não uma fraqueza. Nós somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus e hindus — e não crentes.» Ou, mais do meu agrado, como traduziu Luiz Roberto Mendes Gonçalves: «Pois sabemos que nossa herança de colcha de retalhos é uma força, e não uma fraqueza. Somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus e hindus — e de descrentes.»

2 comentários:

Anónimo disse...

Não devia ser "somos uma nação DE cristãos e muçulmanos, DE judeus e hindus, e DE descrentes"? Sem a repetição da preposição (partícula de posse), posso ler "somos uma nação de [religiosos] e/mas somos descrentes"!

Helder Guégués disse...

Não interpreto dessa maneira, mas é certo que seria mais correcto não omitir a preposição.