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Enfia este
Se lermos uma peça jornalística sobre moda, tropeçamos em cada linha com inúmeros estrangeirismos. Valha este exemplo: «Os vestidos de cocktail expõem a pele nos sítios certos devido ao efeito de cut-out. Sapatos de salto alto, pumps, loafers (sapato clássico raso masculino) e botas sem fecho» («Peças-‘top’ de Hilfiger inspiram moda acessível», Catarina Vasques Rito, Diário de Notícias, 7.03.2009, p. 58). Contudo, antes de chegarmos a esta frase ainda topámos pelo caminho com passerelles, designer (mas a jornalista não o acha insubstituível, pois também usa «estilista»), camelhair e top, e depois desta frase ainda lemos bomber, trench-coats e pied-de-poule. Mas não nos podemos fiar: podem surgir termos que não estão em itálico e deviam estar. Não acontece no texto que estou a citar, mas noutros. Por exemplo, neste: «Ciente de que as calças chino permanecem um símbolo histórico do design americano, com lugar marcado no guarda-roupa dos fãs, o criador Tommy Hilfiger reinventou-as para a sua nova colecção Hilfiger Denim Chino, numa aposta de simplicidade e conforto» («Calças em exclusivo», Notícias Sábado, 12.02.2009, p. 59). Por parecer uma palavra portuguesa, passou a ser uma palavra portuguesa: não há itálico nem aspas. Outro exemplo: «Por essa altura, já havia contra-anúncios em que um cowboy, chapéu Stetson na cabeça, dizia para outro cowboy: “Bob, tenho um enfisema”» («Drogados em dívidas», Ferreira Fernandes, Notícias Sábado, 12.02.2009, p. 4). O termo stetson designa um tipo de chapéu, popularizado pelos cowboys, que é fabricado tanto pela empresa Stetson, agora com sede em Nova Iorque, mas no tempo de John B. Stetson, o inventor do chapéu, com sede no Missuri, como por qualquer chapelaria em S. João da Madeira. Não é, pois, uma marca.
Enfia este
Se lermos uma peça jornalística sobre moda, tropeçamos em cada linha com inúmeros estrangeirismos. Valha este exemplo: «Os vestidos de cocktail expõem a pele nos sítios certos devido ao efeito de cut-out. Sapatos de salto alto, pumps, loafers (sapato clássico raso masculino) e botas sem fecho» («Peças-‘top’ de Hilfiger inspiram moda acessível», Catarina Vasques Rito, Diário de Notícias, 7.03.2009, p. 58). Contudo, antes de chegarmos a esta frase ainda topámos pelo caminho com passerelles, designer (mas a jornalista não o acha insubstituível, pois também usa «estilista»), camelhair e top, e depois desta frase ainda lemos bomber, trench-coats e pied-de-poule. Mas não nos podemos fiar: podem surgir termos que não estão em itálico e deviam estar. Não acontece no texto que estou a citar, mas noutros. Por exemplo, neste: «Ciente de que as calças chino permanecem um símbolo histórico do design americano, com lugar marcado no guarda-roupa dos fãs, o criador Tommy Hilfiger reinventou-as para a sua nova colecção Hilfiger Denim Chino, numa aposta de simplicidade e conforto» («Calças em exclusivo», Notícias Sábado, 12.02.2009, p. 59). Por parecer uma palavra portuguesa, passou a ser uma palavra portuguesa: não há itálico nem aspas. Outro exemplo: «Por essa altura, já havia contra-anúncios em que um cowboy, chapéu Stetson na cabeça, dizia para outro cowboy: “Bob, tenho um enfisema”» («Drogados em dívidas», Ferreira Fernandes, Notícias Sábado, 12.02.2009, p. 4). O termo stetson designa um tipo de chapéu, popularizado pelos cowboys, que é fabricado tanto pela empresa Stetson, agora com sede em Nova Iorque, mas no tempo de John B. Stetson, o inventor do chapéu, com sede no Missuri, como por qualquer chapelaria em S. João da Madeira. Não é, pois, uma marca.
1 comentário:
adorei!!
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