22.4.09

«Corte» e «campo de ténis»

Manda quem pode

      Por alguma razão os revisores ali não gostam mesmo nada da palavra «corte» para designar o campo de ténis. Está aqui a explicação: se temos «campo de ténis», para quê aportuguesar court, palavra inglesa? O recurso chegou às traduções: «Steve era advogado, e como pertencia a uma firma que negociava com o pai dela, os Bolton eram muitas vezes solicitados para ir a Old Tree, o nome com o qual os McNeils tinham dignificado o seu terreno: Steve servia-se da piscina deles, e dos cortes de ténis, e havia uma casa que pertencera a Apple que o Sr. McNeil lhe permitia usar, mais ou menos, à vontade» (Travessia de Verão, Truman Capote. Tradução de Manuel Cintra, revisão de tradução de Maria João Freire de Andrade e revisão tipográfica de Eulália Pyrrait. Lisboa: Dom Quixote, 2.ª ed., 2007, p. 30).

6 comentários:

purpurina disse...

pergunta:

sempre me intrigou a utilização de mr. e mrs. em livros traduzidos em vez de sr. e sra. há alguma razão que justifique o uso da forma inglesa?

cumprimentos

Helder Guégués disse...

Nenhuma descortinável.

Luís disse...

E alguma que o desaconselhe?

Helder Guégués disse...

Todas: por que raio não traduzimos uma abreviatura, se traduzimos o resto?

Luís disse...

Bem visto. Procuro em todos os casos a expressão/termo em português (ou aportuguesado), menos neste tipo de abreviatura. Talvez como defesa contra o malfadado "Miss". "Senhor/Dona" e quejandos, ainda vá lá. "Menina?" Confesso que me arrepia em textos dos nossos dias. E serve o comentário para o pedido de esclarecimento: como utilizar o "Miss," e porque não o "Ms," em português?

Helder Guégués disse...

Se rejeita a solução, pede-me o impossível. Por outro lado, e antes de tudo, já pensou que se pode prescindir quase sempre dessa referência ao estado civil? Se a obra é de um escritor português, alguma vez se vêem essas referências? «Depois a menina Sara, sentada entre os dois amigos, fumou um charro.»