19.5.09

Aportuguesamento de antropónimos

Realmente

Habituámo-nos a ver os nomes dos reis e príncipes estrangeiros, e nomeadamente os ingleses, traduzidos. É assim que actualmente temos a rainha Isabel II e o príncipe Carlos. (Quase nunca temos, porém, e aqui tão perto, um rei João Carlos de Espanha.) Contudo, e apesar de haver uma regra nesse sentido, como se pode ler no Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, a sensibilidade dos nossos dias é um pouco avessa à tradução dos antropónimos e até mesmo dos topónimos. Ainda assim, há dias li, e agora não consigo localizar o recorte, «Ernesto de Hanôver», quando sempre tinha lido «Ernst de Hannover» ou, vá lá, numa concessão que havia de causar muitos engulhos ao jornalista, «Ernst de Hanôver». Mas agora li na edição de 16 do corrente da revista Única: «Rainha Rânia no Twitter». Mas não era só no título: «Rânia, rainha da Jordânia, habituou-nos há muito aos sinais de modernidade. Pioneira no You Tube e na Internet, Rânia voltou a provar estar na dianteira das novas tecnologias, ao ir comentando em directo a visita de Bento XVI à Jordânia» (p. 8).

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