29.6.09

«Liberado»

Muito bem

      Já alguma vez ouviram um português de gema dizer que determinada mulher era sexualmente liberada? Pois não, só um brasileiro o diz. Contudo, a acepção faz-nos falta. Se consultarmos um qualquer dicionário, para o adjectivo «liberado» só encontramos o significado de título que já foi pago. Referido àquele que se libertou de certas convenções sociais e morais seguidas pela maioria, é acepção que nem como brasileirismo aparece referida. Como fazemos: optamos por «libertada»? «Livre»? E será o mesmo? Eis que vejo numa tradução portuguesa, de Fernanda Pinto Rodrigues, a acepção brasileira: «Não é uma semiadolescente, não é desleixada e desgrenhada, não é uma rapariga liberada, digamos» (O Animal Moribundo, Philip Roth. 3.ª edição. Tradução de Fernanda Pinto Rodrigues e revisão de Manuela V. C. Gomes da Silva. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2008, p. 12).

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