30.6.09

Nomes de etnias

Um pouco mais

      «Os três presidenciáveis na eleição de ontem eram Kumba Ialá, líder do PRS, balanta, convertido ao islão, Malan Bacai Sanhá, muçulmano, beafada, e Henrique Rosa, independente, católico, filho de pai português e mãe fula. […] Sanhá é beafada, pelo que receberá votos dos mandingas, dos próprios beafadas e dos djakancos e sarankulés, que foram islamizados pelos mandingas, havendo entre estas etnias uma aliança cultural, social e religiosa. […] Por outro lado, o PAIGC, e não Sanhá, mobiliza os votos dos papeles, manjacos, mancanhos, bijagós, fulupes e bramís» («Prospectivas étnicas», Raul M. Braga Pires, Diário de Notícias, 29.06.2009, p. 23). Estão quase todos dicionarizados: Bijagós, Beafadas (ou Biafadas), Felupes (não vi «Fulupes»), Manjacos (ou Manjaques), Mancanhas (não vi «Mancanhos»), Brames (e não «Bramís», além de que o Dicionário Houaiss o dá como sinónimo de «Mancanhas»). Na Internet, a única ocorrência de «Djakancos» remete para o texto citado, isto porque esta etnia é conhecida por Jacancas. Quanto a «Sarankulés», já tenho lido Saranculés e Seraculés. E ora aparece Papeles ora Papéis. Quando a preocupação, louvável, era escrever os nomes das etnias em português, não percebo porque optou o autor do texto por escrever «djakancos» e «sarankulés».

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