Às três pancadas
«Além disso, quando começaram a introduzir amino-ácidos que bloqueiam o acesso a estas bolsas, as moléculas de álcool já não conseguiam activar os GIRP» («Descoberta a área do cérebro onde o álcool actua», Patrícia Jesus, Diário de Notícias, 30.06.2009, p. 25). E amino-ácido pretende copiar o francês? Em francês é que é amino-acide, mas o étimo do nosso vocábulo é o inglês amino acid. Há autores que defendem que em compostos semelhantes a este, os semantemas se devem aglutinar entre si, pelo que melhor seria aminácido que aminoácido. Curioso é que o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora registe «aminácido» mas neste verbete remeta para «aminoácido». Por outro lado, em todo o texto se lê GIRK, de Gbetagamma-activated inwardly rectifying K. Nesta frase saiu GIRP. Em compensação, explica-se o que são os GIRK: «são canais que abrem quando existe comunicação química entre os neurónios, enfraquecendo os sinais».
«Além disso, quando começaram a introduzir amino-ácidos que bloqueiam o acesso a estas bolsas, as moléculas de álcool já não conseguiam activar os GIRP» («Descoberta a área do cérebro onde o álcool actua», Patrícia Jesus, Diário de Notícias, 30.06.2009, p. 25). E amino-ácido pretende copiar o francês? Em francês é que é amino-acide, mas o étimo do nosso vocábulo é o inglês amino acid. Há autores que defendem que em compostos semelhantes a este, os semantemas se devem aglutinar entre si, pelo que melhor seria aminácido que aminoácido. Curioso é que o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora registe «aminácido» mas neste verbete remeta para «aminoácido». Por outro lado, em todo o texto se lê GIRK, de Gbetagamma-activated inwardly rectifying K. Nesta frase saiu GIRP. Em compensação, explica-se o que são os GIRK: «são canais que abrem quando existe comunicação química entre os neurónios, enfraquecendo os sinais».
4 comentários:
Por motivos profissionais, primeiro como técnico de empresas farmacêuticas de síntese química em Portugal e no estrangeiro, e mais tarde como tradutor técnico, tive de adoptar a designação que me pareceu mais correcta para o equivalente português do inglês "amino acid". Depois de várias investigações, optei por considerar que "amino" funciona em inglês como um adjectivo e em consequência adoptei "ácido aminado", em concordância com documentos oficiais da União Europeia em francês que referiam "acide aminé". Porém aceito aminoácido, aliás de acordo com as normas IUPAC traduzidas para português por um grupo de especialistas. Já não me parece aceitável "amino-ácido", tendo em conta as regras de restrição do uso do hífen em nomenclatura química. Nunca tinha visto a designação "aminácido", que me parece detestável.
Obrigado pelo seu comentário, caro Freire de Andrade.
Não sei o que me passou pela cabeça. E estou um bocadinho indignada por ter passado!
O blogue vai directo para os "marcadores", mas espero "aparecer" menos vezes e aprender mais com os erros do outros. É um serviço útil e divertido, mas um bocadinho cruel. :D
Patrícia
Cara Patrícia Jesus:
Daqui a 500 posts já ninguém se lembra. E, entretanto, todos vamos aprendendo.
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