19.8.09

Livro de Estilo

Era bom

Sem terem um Livro de Estilo, que eu acho essencial em qualquer publicação, e mais ainda naquelas em que há mais do que um revisor, «costumam» grafar alguns vocábulos de uma maneira peculiar. «Aqui escrevemos “alvi-negro” e “auri-negro”.» Ontem, contudo, estavam a discutir a correcção daquelas grafias. «Não tinhas já mandado um e-mail ao José Mário Costa sobre isto?» Um ainda fez menção de consultar o Dicionário da Língua Portuguesa (edição de 2003) da Porto Editora. «Não está aí nada.» Adiaram a solução — a solução do erro. É claro que é aurinegro, como é auriazul, auriverde, etc., como também é claro que é alvinegro, como é alvirrubro, alviverde, etc. Sem Livro de Estilo, de que tanto precisam um jornal recente como um com mais de sessenta anos, bem concebido e pensado, hoje escreve-se assim e amanhã escrever-se-á assado. Há quem revele o que faria se chegasse a presidente do governo mundial. Eu, mais modestamente, digo que, se fosse chefe da secção de revisão de uma qualquer publicação (ou director desta), a primeira tarefa dos revisores era lerem em conjunto e discutirem as opções da véspera. A primeira medida, porém, seria transferir para tarefas mais consentâneas com as suas competências quem é revisor sem ter qualificações mínimas para tal.

1 comentário:

Franco e Silva disse...

Mais contra esses erros crassos da Impresa portuguesa:

No «Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa», de F. Rebelo Gonçalves, Coimbra Ed., 1966, além do citado AURIVERDE, também
AURIBRANCO;
AURIPURPÚREO,
AURIRROSADO,
AURIRRÓSEO,
AURIRROXO,
AURIRRUBRO,
e além do citado ALVIRRUBRO, também ALBIRROSADO (e o conhecido ALBICASTRENSE).