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Mais macaqueadores
«A lei prevê que, na falta de um perito, qualquer médico indicado possa proceder a uma zaragatoa (amostra) oral ou vaginal» («INML fez 109 perícias por mês a vítimas de crimes sexuais», Sónia Simões, Diário de Notícias, 20.08.2009, p. 17). «Proceder a uma zaragatoa»? Vê-se logo que a jornalista imitou a «fonte médica»: «“Qualquer médico pode fazer zaragatoas vaginais ou orais permitindo à vítima comer e tomar banho e[m] seguida”.» Se se tivesse dado ao trabalho de consultar um dicionário, pela definição de zaragatoa — pequena esponja, na extremidade de uma haste de madeira ou de plástico, para aplicar medicamentos na garganta ou fossas nasais e para colheita de produtos biológicos; por metonímia, também se designa assim o medicamento aplicado com a zaragatoa —, concluía logo que não é a forma mais correcta de o dizer.
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