Broken music
Na colectânea de intervenções de Manuela Ferreira Leite que a Antena 1 passou antes da entrevista que a líder do PSD acabou de dar a Maria Flor Pedroso, apareceu a possível futura primeira-ministra de Portugal a afirmar que o Dr. Alberto João Jardim tem vindo a ter «votações cada vez mais crescentes». Não bastava, ao «bom povo da Madeira», que as votações fossem «crescentes», tinham de ser «cada vez mais crescentes».
E por falar em crescente. Recentemente, o revisor antibrasileiro chamou-me a atenção para um destaque de uma peça. «Veja: está aqui “em crescimento”, mas habitualmente os jornalistas escrevem “em crescendo”. Em vez de um nome, um verbo!» (E escrevem mesmo: «“Ela tem melhorado muito e tem-no mostrado. Todo o seu jogo foi em crescendo”, concluiu a francesa sobre a vitória de Vesnina.») Bem, nem o étimo era um verbo, pois em italiano também é um substantivo masculino invariável, com o mesmo significado («Graduale intensificazione del suono, passaggio dal piano al forte.»), e isto logo no início do século XIX. Com revisores assim, talvez não precisemos de ser castigados com maus jornalistas.
Na colectânea de intervenções de Manuela Ferreira Leite que a Antena 1 passou antes da entrevista que a líder do PSD acabou de dar a Maria Flor Pedroso, apareceu a possível futura primeira-ministra de Portugal a afirmar que o Dr. Alberto João Jardim tem vindo a ter «votações cada vez mais crescentes». Não bastava, ao «bom povo da Madeira», que as votações fossem «crescentes», tinham de ser «cada vez mais crescentes».
E por falar em crescente. Recentemente, o revisor antibrasileiro chamou-me a atenção para um destaque de uma peça. «Veja: está aqui “em crescimento”, mas habitualmente os jornalistas escrevem “em crescendo”. Em vez de um nome, um verbo!» (E escrevem mesmo: «“Ela tem melhorado muito e tem-no mostrado. Todo o seu jogo foi em crescendo”, concluiu a francesa sobre a vitória de Vesnina.») Bem, nem o étimo era um verbo, pois em italiano também é um substantivo masculino invariável, com o mesmo significado («Graduale intensificazione del suono, passaggio dal piano al forte.»), e isto logo no início do século XIX. Com revisores assim, talvez não precisemos de ser castigados com maus jornalistas.
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