Esta é pequena
Temos o vocábulo pandora a significar três coisas: um indivíduo de um antigo povo, Pandoras, da Índia (registado pela primeira vez em 1720); um molusco marinho bivalve (registado pela primeira vez em 1899); e um instrumento de cordas, semelhante ao alaúde e ao cistre, tocado com plectro (registado pela primeira vez em 1913). Só não temos a acepção do vocábulo francês pandore: guarda; agente; polícia. E é natural que não tenhamos. O vocábulo, usado por ironia na linguagem familiar, mas com registos na literatura, vem do patronímico Pandore, nome do guarda numa canção célebre do cançonetista francês Gustave Nadaud (1820―1893). Nadaud, que era natural de Roubaix, próximo da fronteira com a Bélgica, conhecia o termo neerlandês para guarda: pandoer, que provém, por sua vez, do húngaro pandur, que designava o soldado de certos corpos irregulares. Ora, o primeiro contingente destes soldados foi enviado no século XVII para a aldeia húngara de Pandur. Fica assim, de caminho, explicado o étimo do nome dos carros de combate Pandur, comprados por 50 milhões de euros à empresa americana General Dynamics e destinados ao Exército português.
Temos o vocábulo pandora a significar três coisas: um indivíduo de um antigo povo, Pandoras, da Índia (registado pela primeira vez em 1720); um molusco marinho bivalve (registado pela primeira vez em 1899); e um instrumento de cordas, semelhante ao alaúde e ao cistre, tocado com plectro (registado pela primeira vez em 1913). Só não temos a acepção do vocábulo francês pandore: guarda; agente; polícia. E é natural que não tenhamos. O vocábulo, usado por ironia na linguagem familiar, mas com registos na literatura, vem do patronímico Pandore, nome do guarda numa canção célebre do cançonetista francês Gustave Nadaud (1820―1893). Nadaud, que era natural de Roubaix, próximo da fronteira com a Bélgica, conhecia o termo neerlandês para guarda: pandoer, que provém, por sua vez, do húngaro pandur, que designava o soldado de certos corpos irregulares. Ora, o primeiro contingente destes soldados foi enviado no século XVII para a aldeia húngara de Pandur. Fica assim, de caminho, explicado o étimo do nome dos carros de combate Pandur, comprados por 50 milhões de euros à empresa americana General Dynamics e destinados ao Exército português.
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