27.9.09

«Meia hora»

Não lhes passa

      No jornal, via quase todos os dias «meia-hora» — e emendava. Os jornalistas usam o hífen nas circunstâncias mais inconcebíveis. Alguns tradutores não andam longe de tais abusos (a que juntam a falta de critério): «Estava seco há meia-hora, quando eu desci a rua para ir comprar leite e Smarties» (Azul Mar, Cathy Cassidy. Tradução de Cristina Queiroz. Lisboa: Livraria Civilização Editora, 2009, p. 41). «A minha cara escalda pela segunda vez em meia hora e levanto os meus olhos sem graça do tampo da mesa e encaro a Analisa» (idem, ibidem, p. 84). «A Mãe esteve fora quase meia-hora e eu estou tão contente por ela ter voltado que me atiro para os braços dela, a tremer» (idem, ibidem, p. 101).

Sem comentários: