Com ou sem hífen?
No art. 5.º, 1, da Portaria n.º 662-H/2007 de 31 de Maio, que determina a organização interna do Instituto Nacional de Estatística, pode ler-se metainformação: «O Departamento de Metodologia e de Sistemas de Informação coordena o desenvolvimento técnico-científico no domínio das metodologias estatísticas e apoia as unidades orgânicas do INE, I. P., e os restantes organismos integrantes do Sistema Estatístico Nacional (SEN), concebe e gere o sistema de informação, a infra-estrutura tecnológica e informacional e o sistema de metainformação estatística.» E na página da Internet do INE encontramos a seguinte definição do conceito: «A metainformação é informação que descreve os dados estatísticos, bem como os processos e instrumentos envolvidos na sua produção e utilização. Como exemplos podem referir-se as metodologias de amostragem e estimação, os conceitos e classificações utilizadas, o âmbito territorial e temporal dos dados, a descrição e caracterização dos processos de recolha, tratamento, análise, estudo e difusão dos dados.» Simplificando, a metainformação é informação sobre a informação, como a metalinguagem é informação sobre a linguagem (e um dos campos mais fascinantes do estudo de uma língua). Num texto intitulado «A gestão da metainformação no sistema estatístico português», da autoria de Isabel Duarte Fonseca et al., lê-se: «Qualquer sistema de informação estatística tem presente informação que estrutura os dados e os caracteriza. A este tipo de informação estruturante chamamos metainformação.»
Ao contrário de meta-análise, em que, «por motivo de clareza ou de expressividade gráfica, por ser preciso evitar má leitura», como estabelece o Acordo Ortográfico de 1945, julgo que é preferível usar hífen, no caso de metainformação tal já não acontece, e deverá seguir-se a regra geral, que manda aglutinar os componentes na composição de palavras.
No art. 5.º, 1, da Portaria n.º 662-H/2007 de 31 de Maio, que determina a organização interna do Instituto Nacional de Estatística, pode ler-se metainformação: «O Departamento de Metodologia e de Sistemas de Informação coordena o desenvolvimento técnico-científico no domínio das metodologias estatísticas e apoia as unidades orgânicas do INE, I. P., e os restantes organismos integrantes do Sistema Estatístico Nacional (SEN), concebe e gere o sistema de informação, a infra-estrutura tecnológica e informacional e o sistema de metainformação estatística.» E na página da Internet do INE encontramos a seguinte definição do conceito: «A metainformação é informação que descreve os dados estatísticos, bem como os processos e instrumentos envolvidos na sua produção e utilização. Como exemplos podem referir-se as metodologias de amostragem e estimação, os conceitos e classificações utilizadas, o âmbito territorial e temporal dos dados, a descrição e caracterização dos processos de recolha, tratamento, análise, estudo e difusão dos dados.» Simplificando, a metainformação é informação sobre a informação, como a metalinguagem é informação sobre a linguagem (e um dos campos mais fascinantes do estudo de uma língua). Num texto intitulado «A gestão da metainformação no sistema estatístico português», da autoria de Isabel Duarte Fonseca et al., lê-se: «Qualquer sistema de informação estatística tem presente informação que estrutura os dados e os caracteriza. A este tipo de informação estruturante chamamos metainformação.»
Ao contrário de meta-análise, em que, «por motivo de clareza ou de expressividade gráfica, por ser preciso evitar má leitura», como estabelece o Acordo Ortográfico de 1945, julgo que é preferível usar hífen, no caso de metainformação tal já não acontece, e deverá seguir-se a regra geral, que manda aglutinar os componentes na composição de palavras.
3 comentários:
Caro Helder,
Concluo que deseja alegremente expor-nos a
ABROGAR
COFIADOR
COLEITOR
CORRÉ
COUTENTE
SUBLANÇO
É assim que o ILTEC (que sabemos cauteloso) propõe que passem a escrever-se os actuais
AB-ROGAR
CO-FIADOR
CO-LEITOR
CO-RÉ
CO-UTENTE
SUB-LANÇO
Acertei?
Não desejo exactamente tal (e o Fernando bem sabe que não participei na redacção do acordo…). Melhor: não estamos a falar do mesmo. Metainformação, de que me ocupei no post, devemos escrever no âmbito do Acordo Ortográfico de 1945, o que rege a forma como grafamos as palavras. Quanto ao que afirma, já aqui o vimos: http://letratura.blogspot.com/2009/03/nova-edicao-do-volp.html
Caro Helder,
Escapou-me a resposta dada então (mais: esquecera-me a minha própria intervenção).
Verifico, sim, a divergência das soluções. O que não é grave! Mas cada vez mais se vê que o Acordo de 1990 não é "unificador" (nem preciso era), e antes uma cerimoniosa concordância em discordar. Mas é tabu reconhecê-lo.
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