30.11.09

Neologismo: «nutriterapia»

Fazer as coisas a meio

      «Tem anemia? Coma beterraba. Os seus rins funcionam mal? Consuma feijão. E que tal ingerir nozes para ajudar as funções cerebrais? Antes de prosseguir, é necessário avisar o leitor de que está a entrar num território desconhecido, e aparentemente estranho, que dá pelo nome de nutriterapia. Não vale a pena perder tempo a procurar a palavra num dicionário, pois não está lá» («Quando o teu alimento é o teu medicamento», Carlos Pessoa, Público/P2, 30.11.2009, p. 7). É verdade: não está nem talvez alguma vez venha a estar. Mais à frente, é dito que uma das receitas para combater o stress é «consumir millet, um cereal rico em fósforo, acompanhado de um legume rico em elementos de protecção do sistema nervoso, como a pastinaca (espécie de cenoura), nabo, amêndoas». Ora, millet, um termo francês, tem tradução: milho-miúdo, milho-painço. Se o jornalista se preocupou em ir ver se a palavra «nutriterapia» estava dicionarizada (ou foi mero palpite?), porque não procurou a tradução de millet?

[Post 2860]

Sem comentários: