22.11.09

Nomes chineses

Chineses, coreanos...  


      «Uma semana depois de ser demitido, MacArthur depôs perante uma sessão conjunta do Congresso; defendeu o bombardeamento das bases aéreas da China na Manchúria e o uso das tropas nacionalistas chinesas de Chiang Kai-Shek na Coreia, antes de concluir o discurso com a sua famosa despedida, comprometendo-se a “pura e simplesmente desaparecer, um velho soldado que tentou cumprir o seu dever de acordo com a luz que Deus lhe deu para entender esse dever”» (Indignação, Philip Roth. Tradução de Francisco Agarez e revisão de Clara Joana Vitorino. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2009, p. 37).
      No Manual de Redação e Estilo do jornal Estado de S. Paulo, pode ler-se: «O Estado adota a grafia atualizada (e convencional) dos nomes chineses: Deng Xiaoping, Zhao Ziang, Hua Kuofeng. 2 — Exceções: Mao Tsé-tung, Chiang Kai-chek e Chu En-lai. 3 — Nos nomes em que haja um elemento composto, o segundo termo tem inicial minúscula: Tsé-tung, Kai-chek, En-lai, Yang-tse (rio), Kai-fong (cidade), Ki-lin (província). 4 — Como o sobrenome, nos nomes chineses, vem antes do nome, nos títulos ou na segunda referência dos textos use Mao (e não Tsé-tung), Deng (e não Xiaoping), Chu (e não En-lai), etc.»
      Com nomes coreanos, também é habitual proceder-se da mesma forma: «A última paragem, ontem em Seul, velho aliado dos EUA, foi uma pequena amostra do que havia sido toda a semana. Depois de uma reunião com o Presidente sul-coreano Lee Myung-bak, Obama visitou os militares americanos estacionados na sombra da ameaça nuclear da Coreia do Norte» («Obama deixa a Ásia com uma mão-cheia de quase nada», Hugo Coelho, Diário de Notícias, 20.11.2009, p. 29). Já agora, aproveito para dizer que, segundo as normas de catalogação, em relação aos autores chineses não se inverte o nome.

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