Esboços
«O custo de 5,3 mil milhões de dólares das eleições de 2008 (Casa Branca e Congresso) foi um recorde absoluto nos EUA e um sinal de como a lei do financiamento se tornou obsoleta. “Esse sistema não está a cumprir nenhum dos objectivos para que foi desenhado”, diz John Stamples, do think-tank libertário Cato Institute» («Campanhas americanas financiadas em exclusivo por privados», Rita Siza, Público, 15.11.2009, p. 4). Ainda que, em sentido figurado, desenhar seja «conceber, idear», a verdade é que é sempre mais conveniente usar um sentido próprio. Então, dir-se-ia: «Esse sistema não está a cumprir nenhum dos objectivos para que foi concebido.» Nas traduções do inglês, abusa-se desta acepção quando se traduz o verbo to design. Outro exemplo da edição de hoje deste jornal: «Mas a questão mantém-se: como reagirá se Obama não lhe der as tropas que precisa para pôr em prática a sua estratégia que desenhou?» («McChrystal, o guerreiro furtivo que quer ganhar o Afeganistão», Ana Fonseca Pereira, Público, 15.11.2009, p. 18). Claro que algo mais está mal na frase: ou sobra o pronome «sua» ou a forma verbal «desenhou».
«O custo de 5,3 mil milhões de dólares das eleições de 2008 (Casa Branca e Congresso) foi um recorde absoluto nos EUA e um sinal de como a lei do financiamento se tornou obsoleta. “Esse sistema não está a cumprir nenhum dos objectivos para que foi desenhado”, diz John Stamples, do think-tank libertário Cato Institute» («Campanhas americanas financiadas em exclusivo por privados», Rita Siza, Público, 15.11.2009, p. 4). Ainda que, em sentido figurado, desenhar seja «conceber, idear», a verdade é que é sempre mais conveniente usar um sentido próprio. Então, dir-se-ia: «Esse sistema não está a cumprir nenhum dos objectivos para que foi concebido.» Nas traduções do inglês, abusa-se desta acepção quando se traduz o verbo to design. Outro exemplo da edição de hoje deste jornal: «Mas a questão mantém-se: como reagirá se Obama não lhe der as tropas que precisa para pôr em prática a sua estratégia que desenhou?» («McChrystal, o guerreiro furtivo que quer ganhar o Afeganistão», Ana Fonseca Pereira, Público, 15.11.2009, p. 18). Claro que algo mais está mal na frase: ou sobra o pronome «sua» ou a forma verbal «desenhou».
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