«Interroguei-me se manter a porta aberta, as conversas a ouvirem-se e o Mike a entrar e a sair fariam parte do objectivo de medir a minha distratibilidade, que percebi nessa altura ser grave» (Já não Me Lembro do Que Esqueci, Sue Halpern. Tradução de Pedro Vidal da Silva e revisão de Lídia Freitas. Lisboa: Estrela Polar, 2009, p. 49). A ser algo parecido, será distractibilidade. É um termo muito usado quando se fala do distúrbio do défice da atenção (DDA), tradução do inglês distractibility. Se formado a partir do adjectivo português, nunca chegaríamos ao mesmo termo.
Esta obra também revela algumas «distracções»: «— Bem vinda ao meu consultório — disse, um pouco ironicamente, uma vez que acabáramos de sair do seu consultório, um soalheiro ninho de águia no décimo oitavo piso do velho edíficio do Hospital Presbiteriano, onde me relatara o seu trabalho de despiste das moléculas do cérebro que controlam a memória» (p. 17). «Acho que ele estava a brincar acerca do livre arbítrio» (p. 43). «Disse que tomava aquilo tudo, juntamente com uma dose profilática do remédio para o Alzheimer, o Aricept, embora não houvesse evidência clínica de que o Aricept fosse benéfico para as pessoas que não tinham a doença» (p. 45)...
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1 comentário:
Está sempre a acontecer! Mas pior que a falta de revisão da ortografia é a falta de revisão científica.
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