Saloi(o)+ice
«O seu [de Edward Seidensticker (1921–2007)] prestígio anglo-saxónico só pode ser compreendido à luz do autismo linguístico daquele universo, incapaz de cotejar ou reconhecer traduções muito mais ricas, como as francesas, alemãs ou italianas. É claro que há nesse autismo um deliberado propósito imperial-comercial, a que os editores portugueses aderem entusiasticamente. Este entusiamo (ou saloíce) universal consagra um modo de ler e um sistema de gosto de que pelo menos duas consequências estão à vista: a transformação da literatura em acessório de aeroporto e o reforço da Ditadura Internacional da Simplificação, sob a égide da crítica e dos editores americanos» («Perdido na tradução», Francisco Luís Parreira, Público/Ípsilon, 4.12.2009, p. 55). Escreve-se saloiice, e não saloíce. Compare, senhor crítico, não com parvoíce, mas com gandaiice, mandriice e vadiice.
«O seu [de Edward Seidensticker (1921–2007)] prestígio anglo-saxónico só pode ser compreendido à luz do autismo linguístico daquele universo, incapaz de cotejar ou reconhecer traduções muito mais ricas, como as francesas, alemãs ou italianas. É claro que há nesse autismo um deliberado propósito imperial-comercial, a que os editores portugueses aderem entusiasticamente. Este entusiamo (ou saloíce) universal consagra um modo de ler e um sistema de gosto de que pelo menos duas consequências estão à vista: a transformação da literatura em acessório de aeroporto e o reforço da Ditadura Internacional da Simplificação, sob a égide da crítica e dos editores americanos» («Perdido na tradução», Francisco Luís Parreira, Público/Ípsilon, 4.12.2009, p. 55). Escreve-se saloiice, e não saloíce. Compare, senhor crítico, não com parvoíce, mas com gandaiice, mandriice e vadiice.
[Post 2876]
Sem comentários:
Enviar um comentário