15.12.09

Pluralização dos antropónimos

Cinco estrelas

      Há dias, um leitor, também ele revisor e tradutor, escreveu-me a lamentar-se por ver que se está a abandonar a pluralização de antropónimos estrangeiros. Confessou que um dos últimos casos lhe estragou o almoço. Bem, não só antropónimos estrangeiros, também com portugueses se deve observar a mesma regra. Mas há bons exemplos. Na última Pública, foi publicada uma entrevista a José Avillez, chefe do Tavares a quem foi atribuída uma estrela Michelin. À pergunta sobre se o apelido Avillez era do pai ou da mãe, respondeu: «Da mãe. Eu sou Ereira. Tenho 20 primos direitos Avillezes. No râguebi, nos escuteiros, nem me tratavam por Zé. Era o Avillez. Fiquei o Avillez. Agora, o meu filho vai nascer e vou ressuscitar um José Ereira. Do lado do meu pai morreu toda a gente. Os tios, os avós; só tenho dois primos. O meu filho vai ser Zezinho Ereira» («No dia seguinte, a minha ideia era: “Vamos trabalhar para a segunda estrela Michelin”», Anabela Mota Ribeiro, 13.12.2009, p. 33). Vejam se ele disse *os Avillez. É o disse.

[Post 2911]

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