26.12.09

«Ribeira das casas»?

Como?

      «Isabel Magalhães nem queria acreditar quando chegou à ribeira das casas, numa tarde de passeio com a filha e uma amiga, e viu que a pintura rupestre com mais de cinco mil anos, que tinha descoberto sem querer há sete anos, estava destruída. “Deu-me vontade de chorar”, lembra» («Pela primeira vez, um caso de destruição de arte rupestre pode chegar a tribunal», Ana Machado, Público, 26.12.2009, p. 7). «Ribeira das casas»? Primeiro pensei que fosse lapso e estivesse em vez de «beira das casas». Mas outras duas ocorrências convenceram-me de que estava enganado: «Um breve carreiro separa a casa daquele lugar da ribeira das casas, onde, passadas as poldras, uma espécie de ponte ancestral, as enormes lajes graníticas alinhadas em anfiteatro abrigam um tesouro raro: um conjunto de pinturas rupestres.» «Nuno Neto, arqueólogo e natural de Malhada Sorda, diz que a descoberta desta gravura na ribeira das casas, junto a um leito de ribeira, não surpreende.» Não é, obviamente, um topónimo. A pista pode estar numa das acepções do vocábulo «ribeira»: porção de terreno banhado por um rio. Que algum leitor nos ajude.


[Post 2937]

Sem comentários: