30.12.09

Tradução: «based»

Varie, por favor


      «O debate foi sempre marcado pela questão das cedências: seria Portugal que estava a fazer cedências ao Brasil ou vice-versa? Alguns artigos que saíram recentemente na imprensa estrangeira sobre o acordo fazem uma leitura simples. “O império contra-ataca”, descreve a Associated Press; e Eric Hewett, um linguista baseado em Roma citado pelo Times online, considera “extraordinário que uma potência colonial europeia mude a sua ortografia para se aproximar da de uma colónia”. Mas, conclui o mesmo artigo, foram a globalização e a Internet que tornaram a decisão “incontornável”» («Aplicar a nova ortografia em 2010 é uma precipitação?», Alexandra Prado Coelho, Público, 30.12.2009, p. 3).
      Essa é uma perspectiva muito... inglesa. Também pouco portuguesa é a tendência desta jornalista para escrever sempre «baseado em» querendo significar «estabelecido em». O inglês a impor-se: «“It is really remarkable that a European colonial power changes its spelling to match that of a colony,” Eric Hewett, a Rome-based linguistics expert whose field of study focuses on the Basque language, says. “Normally, a European power insists that their version is correct, that the colonial speaker has an inferior grasp of their language.”»

[Post 2956]

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