«Por enquanto, porém, a distinção entre o portátil e o caseiro, por muito irracional que seja, há-de prevalecer. A fronteira absurda entre ambos já foi desmascarada desde que fizemos o primeiro telefonema em casa, de um telemóvel, por ser mais barato e tão bom como que de um “fixo”» («É hoje!», Miguel Esteves Cardoso, Público, 27.1.2010, p. 31).
No grau comparativo de igualdade, a construção é tão + adjectivo + como (ou quanto); logo, aquele que está ali a mais. Apenas para a construção dos graus comparativos de superioridade e de inferioridade é necessário o pronome relativo: mais + adjectivo + que, do que/menos + adjectivo + que, do que. É assim ou não é, Miguel?
[Post 3067]
5 comentários:
Não, não é, HG, porque há ali um subentendido quanto ao objecto comparado:
tão bom como [um telefonema, em casa, feito] de um fixo
Aqui, a substituição da expressão subentendida pelo "que" é imediata e óbvia. Já se a substituir por "se", que também fica bem, dá origem a uma análise gramatical diferente, suponho. Mas disso já não percebo, embora gostasse de ver essa análise.
O que interessa é que o que MEC escreveu diz-se, mas também se escreve.
É claro que não concordamos. Não é necessário ali nenhum subentendido. É até contrário ao princípio da economia.
E mais: é cacofónico.
E não sei se não obrigará mesmo leitores menos destros (a maioria da população) a voltar atrás na leitura.
E se fosse "tão bom como o de um fixo"? Parece-me que um simples "o" ali facilita o entendimento para o leitor.
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