«Contrariamente ao que se escreveu entre nós sobre a nova Constituição angolana, nem o Presidente da República deixou de ser eleito diretamente nem a democracia ficou defunta naquele País. Todavia, a Constituição concentra tantos poderes nas mãos do Presidente, que o regime nela estabelecido só pode qualificar-se como superpresidencialismo, com os riscos que isso comporta.» Este é o primeiro parágrafo da crónica de Vital Moreira no Público de 9 do corrente.
«Entre os aspectos basilares do Estado de Direito contam-se inegavelmente a inviolabilidade das comunicações privadas e o respeito da independência e autoridade dos tribunais. Apesar de constitucionalmente protegidos, ambos, porém, estão em causa entre nós neste momento, mercê da irresponsabilidade e impunidade dos media.» Este é o primeiro parágrafo da crónica de Vital Moreira no Público de hoje.
O que se passou entre uma semana e outra, entre uma crónica e outra? Talvez nada de especial, talvez se tenha simplesmente esquecido de clicar no botão Converter para do FLIP. Mas há mais diferenças: na crónica da semana passada, assinava o texto como deputado ao Parlamento Europeu pelo Partido Socialista. Na crónica de hoje, identifica-se como professor universitário e deputado ao Parlamento Europeu pelo Partido Socialista. É Carnaval, ninguém leva a mal. Para a semana falamos.
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3 comentários:
Outra hipótese é ter acontecido que o revisor do Público (se é que existe) recebeu ordens para corrigir a ousadia de um colaborador que, na semana passada, escreveu seguindo o AO1990 e contrariou a decisão editorial de resistir passivamente à inevitável mudança. Será?
Cá para mim, "O Público errou"!
Não foi somente na semana passada.
Pois a decisão do Público já foi muito desrespeitada desde que a Lusa passou a escrever com a nova ortografia. Agora encontram-se coisas mescladas de nova e velha ortografia (pelo menos on-line...). Que confusão.
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