«O sucesso da primeira grande conferência nacional do movimento conservador anti-Governo conhecido como “Tea Party” está seriamente em causa, depois de uma série de controvérsias e deserções de última hora terem desfeito o alinhamento de oradores convidados para animar o evento, que arranca na próxima quinta-feira, em Nashville no Tennessee» («Controvérsias e deserções ameaçam a grande conferência do Tea Party», Rita Siza, Público, 1.2.2010, p. 12).
Nem por acaso, o último post de ontem era sobre o elemento de formação anti-, habitualmente desconsiderado por quem escreve — e mesmo por quem, os revisores, tem como única incumbência emendar os erros de quem escreve. Neste caso, o que se passa é que os acordos ortográficos não regulam o uso deste elemento de formação com nomes próprios. Assim, para não descaracterizar o nome próprio, usa-se, seja qual for a letra por que começa o segundo elemento, o hífen. Escrevemos, assim, anti-Cavaco. Mas escrevemos Anticristo. Para contornar a questão, até porque nos últimos dez anos se tem abusado claramente desta construção, a jornalista deveria ter optado por outra redacção. Por exemplo: «contra o Governo».
[Post 3079]
Sem comentários:
Enviar um comentário