«As estradas são íngremes e estreitas e nesta época do ano podem ter gelo e serem traiçoeiras, serpenteando pelos passes de montanha e ladeando ravinas profundas, onde as quedas-d’água estão congeladas e as vinhas encordoadas de alguns vinhais mais antigos na terra do vinho ficarão nos campos até ao degelo da Primavera, altura em que serão podadas» (Fim de Tarde em Mossul, Lynne O’Donnell. Tradução de Ana Saldanha. Queluz de Baixo: Editorial Presença, 2008, p. 23).
Só uma pergunta: o que são «passes de montanha»? Sim, são «passos de montanha». Gralha, seja. Contudo, e salvo melhor opinião, o segmento «vinhas encordoadas de alguns vinhais mais antigos na terra do vinho ficarão nos campos até ao degelo da Primavera» não é imediatamente compreensível.
[Post 3105]
2 comentários:
1. Será confusão com "passe-montagne", o capuz que protege do frio e esconde a cara (não confundir com burcas e outros véus)?
2. A frase citada, de incompreensível, devia fazer com que a tradutora só saísse à rua com um passe-montagne para que ninguém a reconhecesse...
Não é. É, como afirmei, confusão com «passo»: passagem estreita e difícil.
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