Ontem, no programa Operação Especial, o debate entre António Reis, grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL), e Paulo Teixeira Pinto, presidente da Causa Real (não confundir com a Casa Real...), era subordinado ao tema o centenário da República. António Reis, historiador, afirmou que só houve duas Repúblicas, e Carlos Pinto Coelho queria à viva força que houvesse polémica por causa da afirmação. Não houve, e não é nada de novo.
A propósito do Protocolo de Estado, António Reis lembrou que algumas câmaras municipais nem sequer consideram D. Duarte Pio. Estamos a falar de Protocolo de Estado, objectou, com o entono que lhe é conhecido, o moderador, Carlos Pinto Coelho. Pois estamos, devia ter respondido António Reis. Então a Lei das precedências do Protocolo do Estado Português não se aplica em todo o território nacional e até mesmo nas representações diplomáticas e consulares de Portugal no estrangeiro?
Quando Carlos Pinto Coelho se referiu a D. Duarte Pio como pretendente ao Trono, logo Paulo Teixeira Pinto contrapôs que D. Duarte Pio «não pretende nada. Os monárquicos é que pretendem». Realmente, ele apresenta-se ou é apresentado como pretendente ao Trono? D. Duarte de Bragança é o chefe da autodenominada Casa Real Portuguesa, e se o regime é republicano (embora, a meu ver, se devesse alterar a alínea b) do artigo 288.º da Constituição para permitir que haja um referendo à monarquia), não há Trono. É dos dicionários: pretendente é o designativo de um príncipe que pretende ter direitos a um trono vago ou ocupado por outrem.
[Post 3188]
Actualização em 1.3.2010
Mais um exemplo: «O que reflecte o estado geral de deliquescência da Segunda República, quase 36 anos depois da queda do Estado Novo» («E depois da borrasca?», J.-M. Nobre-Correia, Diário de Notícias, 20.2.210, p. 65).
Sem comentários:
Enviar um comentário