«Há vários factores que contribuem para a propagação da malária: a existência dos mosquitos-fêmea da espécie Anopheles que propagam os parasitas; condições ecológicas favoráveis, como temperaturas médias acima dos 20 graus centígrados, muita humidade e águas paradas; e condição sociais como pobreza e falta de serviços de saúde e de prevenção eficazes», lia-se no texto. Grafa-se mosquito fêmea. Trata-se de um substantivo epiceno, isto é, um substantivo designativo de animais com apenas um género, sendo necessário, para especificar o sexo, juntar ao substantivo as palavras «macho» ou «fêmea»: golfinho fêmea, crocodilo fêmea, etc. Mosquito fêmea, pois. Sem hífen.
Já agora, e a propósito, vejamos a definição do vocábulo epiceno no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora: «diz-se do nome que designa um ser animado não humano e que possui apenas um género, independentemente do sexo da entidade referida (exemplo: a cobra)». Os conceitos de humano e não humano e animado e não animado não eram da defunta TLEBS? E não foram eliminados, juntamente com epiceno, é verdade, da terminologia gramatical? E um dicionário, e para mais esta versão, em linha, que estou a consultar, fica refém destes desvarios? E não se pode corrigir de uma hora para a outra?
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