«Começa a chegar mais gente de várias comunidades ribeirinhas. Chegam em pequenos barcos, comandados pelos marinheiros do navio. Vêm sobretudo mulheres, idosos e crianças. A sala de espera está lotada. A palhaça Macaxeira vai distraindo os mais novos. Chamam-se os pacientes: são vistos, medicados e, em casos mais graves, levados para Santarém de ambulancha, “a cidade mais próxima com melhores condições”, assegura Marcela Pinheiro, enfermeira-chefe do Abaré» («Curar um abcesso, fazer um parto e operar no meio da Amazónia», Vanessa Rodrigues, Diário de Notícias, 26.2.2010, p. 30).
A repórter escreve que está no «médio Amazonas», mas é claro que queria escrever no Médio Amazonas. O mais interessante, contudo, é aquele vocábulo estranho: ambulancha. É a amálgama de ambulância + lancha. É tão usado no Brasil, embora ainda não dicionarizado, que talvez não mereça o estigma do itálico.
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