«Rivera Ordoñez é considerado um dos artistas mais bonitos e elegantes de Espanha a par do seu irmão, o também matador de touros Cayetano. Há vários anos que o seu nome é presença assídua no escalafón dos melhores matadores de touros e, no ano passado, recebeu a medalha de ouro das Belas Artes pelos reis de Espanha» («Vai ouvir-se guapo! no Campo Pequeno», 24 Horas, 19.3.2010, p. 30).
Em Portugal, talvez só um amante da tauromaquia saiba o que é o escalafón. É verdade que o contexto é quase auto-explicativo, mas não chega. Escalafón é qualquer tabela classificativa. («Lista de los individuos de una corporación, clasificados según su grado, antigüedad, méritos, etc.», define o DRAE.) Em Espanha, qualquer falante sabe o que é o escalafón — apesar de, em todos os contextos não relacionados com a tauromaquia, ter vindo estupidamente a ser substituído pelo anglicismo ranking, que também tomou conta da cabeça dos Portugueses. No ténis, por exemplo: algum jornalista se atreve a escrever «tabela classificativa [ou classificação] da ATP»? Não, tem de ser «ranking ATP»: «O francês Jo-Wilfried Tsonga fecha os primeiros 10 jogadores do ranking ATP, por troca com o chileno Fernando Gonzalez, que baixou para o 11.º lugar» («Nadal baixa para o 4.º lugar do ranking ATP», Diário de Notícias, 22.3.2010).
Ah, sim: escreve-se Belas-Artes (Bellas Artes em espanhol), erro já aqui referido.
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