23.4.10

«À contracorrente»

Ainda ontem


      «Na verdade, os vinhos de Colares não foram “relançados”: uma expressão de marketing que tanto insulta a teimosia e a lealdade artesanal da Adega Regional de Colares como a ousadia contra-corrente da Fundação Oriente. Isto sem falar nas Adegas Beira ou no espólio vinícola da Viúva Gomes» («Colares a dançar», Miguel Esteves Cardoso, Público, 22.4.2010, p. 39).
      Escreve-se contracorrente, o revisor do Público tinha obrigação de estar ao corrente. E mesmo assim, «ousadia contracorrente»? Apesar da imprevisibilidade do mundo actual, na gramática ainda se espera que a qualificar um substantivo surja um adjectivo ou uma locução. Ei-la: à contracorrente. Outra vez: «Na verdade, os vinhos de Colares não foram “relançados”: uma expressão de marketing que tanto insulta a teimosia e a lealdade artesanal da Adega Regional de Colares como a ousadia à contracorrente da Fundação Oriente. Isto sem falar nas Adegas Beira ou no espólio vinícola da Viúva Gomes.»

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