22.4.10

Siglas e acrónimos

Reciclem-se


      «Porém, as análises revelaram a concentração desta toxina em níveis superiores ao que está legalmente estabelecido pela agência de segurança alimentar europeia (EFSA). Os únicos e raros casos (terão sido apenas duas das amostras analisadas) encontravam-se na receita da broa, com milho, segundo nota Cristina Matos, do Instituto Superior de Engenharia do Porto» («Estudo confirma presença de toxina no pão e revela amostras de broa que ultrapassaram limites legais», Andrea Cunha Freitas, Público, 22.4.2010, p. 10).
      O leitor fica com a ideia de que EFSA se desdobra no nome da instituição que se lê antes: agência de segurança alimentar europeia. Sendo assim, porém, este tinha de ser grafado com maiúsculas iniciais. Ora, a verdade é que esta instituição se chama Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA). Quem ganha com esta distorção? Ninguém. E há o oposto disto, de que já aqui dei conta: «Tratamento de águas residuais: processo que torna as águas residuais aptas, de acordo com as normas de qualidade em vigor ou outras aplicáveis para fins de reciclagem ou reutilização. Considera-se apenas o tratamento efectuado nas Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR).» No desdobramento de uma sigla ou acrónimo, só se tem de usar maiúsculas se estiverem envolvidos nomes próprios ou topónimos. Este é um erro que vejo todos os dias.

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