Alguém tem saudades das erratas que outrora os livros traziam? O leitor sabia que essas listas dos erros tipográficos num livro, num impresso, etc., com indicação das correcções, por vezes eram maiores do que a própria obra? Faz lembrar o Eugene Onegin de Púchkin anotado por Nabokov. Mas voltando à errata. Recentemente, a Associação de Professores de Português (APP) e a Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) co-editaram um livrinho, da autoria de Paulo Feytor Pinto, com o novo acordo ortográfico, e de tal forma fizeram as coisas (e teve dois revisores: Ana Clara Jorge de Sousa e Edviges Antunes Ferreira), que tiveram de inserir a folhinha de errata que reproduzo. Em boa verdade, quase todas as obras precisavam de corrigendas, mas só algumas as merecem. Até poderia ocorrer a algum escritor excêntrico reescrever numa errata todo o enredo de um romance: «Onde se lê x, deve ler-se y.»
[Post 3363]
5 comentários:
talvez necessitem duma errata da errata... que correcção é feita na página 39? não encontro nenhuma diferença e não percebo a observação que fazem relativamente aos acentos.
embora não pretenda seguir o indicado no novo acordo ortográfico, tenho alguma curiosidade relativamente à confusão que criou. dialecto teria obrigatoriamente de escrever-se dialeto na nova grafia? talvez esteja a fazer confusão com a palavra em inglês em que se pronuncia o c (infelizmente, tenho falado pouco português), mas não existem dialectos em que o c se pronuncia? e, nesse caso, não será dialeCto igualmente correcto?
Na página 39 acrescentam a observação.
ahaha, que parvoíce a minha! obrigada.
e em relação a dialecto? passará a ser possível escrever as duas formas, ou a pergunta é tão sem sentido quanto a minha observação acerca da errata?
Tratando-se de uma primeira edição, ainda é desculpável. Seria muito pior se não tivessem inserido a errata.
Dialecto não se enquadra nos casos de dupla grafia, pelo que será somente dialeto.
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