Há um surto de brasileirismo por aí. Há dias, foi o cair na real. Agora isto: «Estão poeirentos por estarem nas prateleiras há tanto tempo e em breve as minhas mãos estão quase pretas da sujeira que sai deles» (O Fim do Senhor Y, Scarlett Thomas. Tradução de Inês Castro e revisão de Duarte Camacho. Lisboa: Círculo de Leitores, 2008, p. 105). «— Puxa. A homeopatia já existia na altura?» (idem, ibidem, p. 120). Tanto o substantivo sujeira, em vez de sujidade, como a interjeição puxa, em vez de, por exemplo, caramba, são marcas, escusadas na tradução de uma obra publicada em Portugal, da variante brasileira do português. Fico perplexo é com a negligência dos revisores.
[Post 3385]
2 comentários:
Também fico perplexo.
Mas lembro-me disto: a consciência de que se trata de brasileirismos é diminuta, e é-o crescentemente.
Quem sofre somos nós, Helder, os tão fatalmente informados.
É o poder da Colônia.
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