Comprei, ontem de manhã, na Feira das Oportunidades, organizada pela Paróquia do Campo Grande, por 50 cêntimos, um exemplar da 29.ª edição da Gramática Portuguesa de José Maria Relvas (Porto: Machado & Ribeiro, Limitada). O revisor antibrasileiro de vez em quando falava (e com que orgulho!) desta gramática, pela qual, dizia, tinha estudado. Na página 167, sobre os advérbios, lá está: «Advérbios de interrogação — como? onde? quando? porque? qual?» Daí o encarniçamento dele quando via por que quando devia estar porque. Nas décadas que se seguiram à publicação desta gramática, pela qual aprenderam várias gerações, a maioria das gramáticas evitou incluir entre os advérbios interrogativos o «porque», lançando um véu de ignorância para cima dos leitores. Ainda recentemente, a tradutora Helena Pitta me pedia, numa mensagem de correio electrónico, que desse o meu contributo para esta questão. A verdade é que nunca evitei esclarecer, neste blogue, na formação que dou e mesmo em publicações, esta (inexplicavelmente) controversa questão.
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